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A perplexidade tomou conta da imprensa, dos
deputados e senadores, aliás não há uma pessoa que não comente sobre a
anulação do impeachment. Agora há pouco, o jornalista Gerson Camarotti
analisava a decisão do deputado Waldir Maranhão (PP-MA) dizendo que ele
não ouviu técnicos da Mesa Diretora da Câmara para tomar a decisão.
Waldir Maranhão também não constou os técnicos da Mesa da Câmara quando
tomou diversas decisões para beneficiar Eduardo Cunha no Conselho de
Ética. Foram dele várias iniciativas que proporcionaram tornar o
processo de Eduardo Cunha o mais longo da história do Conselho de Ética.
Coincidentemente Waldir Maranhão, durante o final de semana, passou
várias horas com Eduardo Cunha.
Como falei ontem, Cunha está falando "cobras e lagartos" contra o abandono a que se diz submetido, especialmente por Michel Temer. A imprensa de um modo geral tenta atribuir o voto de Waldir Maranhão contrário ao impeachment à influência do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o que em parte é verdade. Mas sua decisão na votação foi posicionar-se contra seu principal rival no seu estado, a quem acusa de persegui-lo, José Sarney. Como a família Sarney posicionou-se pró-impeachment, Waldir Maranhão tomou o sentido contrário.
A verdade é que entre as razões apresentadas para anular a votação do impeachment na Câmara a maioria é questionável, mas uma constituiu um erro grosseiro de Eduardo Cunha. Dos cinco itens listados pelo presidente interino da Câmara, ele afirma com razão que "o resultado da votação deveria ter sido formalizado por resolução, por ser o que dispõe o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, e o que estava originalmente previsto no processamento do impeachment do presidente Collor, tomado como paradigma pelo STF para o processamento do presente pedido de impeachment". Eduardo Cunha além de não formalizar a resolução encaminhou simples ofício comunicando a decisão ao presidente do Senado, Renan Calheiros.
Brasília está pegando fogo.
Como falei ontem, Cunha está falando "cobras e lagartos" contra o abandono a que se diz submetido, especialmente por Michel Temer. A imprensa de um modo geral tenta atribuir o voto de Waldir Maranhão contrário ao impeachment à influência do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o que em parte é verdade. Mas sua decisão na votação foi posicionar-se contra seu principal rival no seu estado, a quem acusa de persegui-lo, José Sarney. Como a família Sarney posicionou-se pró-impeachment, Waldir Maranhão tomou o sentido contrário.
A verdade é que entre as razões apresentadas para anular a votação do impeachment na Câmara a maioria é questionável, mas uma constituiu um erro grosseiro de Eduardo Cunha. Dos cinco itens listados pelo presidente interino da Câmara, ele afirma com razão que "o resultado da votação deveria ter sido formalizado por resolução, por ser o que dispõe o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, e o que estava originalmente previsto no processamento do impeachment do presidente Collor, tomado como paradigma pelo STF para o processamento do presente pedido de impeachment". Eduardo Cunha além de não formalizar a resolução encaminhou simples ofício comunicando a decisão ao presidente do Senado, Renan Calheiros.
Brasília está pegando fogo.
Nota divulgada pelo presidente interino da Câmara |